Desapego

Agarramo-nos obsessivamente às coisas e as pessoas, as coisas materiais, espirituais, aos locais, ao passado, ficamos tão apegados que em algumas situações deixamos de viver a nossa vida e de seguir com o nosso caminho. O que acontece é que para a maioria de nós, este apego sem sequer é consciente, encontramo-nos tão presos numa forma de pensar, de viver ou aos bens materiais que se torna inconscientemente na nossa zona de conforto, e quando isso muda, quando por algum motivo perdemos o que temos, seja um amor, um trabalho, um bem material, sentimo-nos perdidos e infelizes porque nos esquecemos que tudo nesta vida é passageiro e que nada permanece como está, de que nada é verdadeiramente nosso, nem as pessoas, nem o amor, nem os bens materiais, nem um cargo profissional, tudo, mas mesmo tudo é transitório. Tudo o que fica connosco é o conhecimento que adquirimos e as boas ações que vamos praticando. Não estou a dizer para não querer ou desejar as coisas, pelo contrário até devemos aprecia-las e ser gratos por todas elas, mas sem nos apegarmos. Desapego é deixar ir, é soltar, é estar preparado para as mudanças da vida. Significa desenvolver a autoconfiança e outras capacidades para que aprecie muito mais cada momento da sua vida.  Percebe a diferença? Quanto maior o apego, maior a frustração. O desapego exige disciplina interior, maturidade emocional, mas no fim verá que dará valor ao que realmente é importante e o sofrimento dará lugar a um sentimento de gratidão pelo que teve.
Fiquem bem, sejam felizes!

Gabriela Barros  

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